Trilha Sonora: uma coleção de playlists para nossas cervejas
Estamos com saudades de um bom show ao vivo. Em um país tão musical como o Brasil, não dá para negar: dentre as tantas coisas que a pandemia limitou, aquela aglomeração deliciosa, embalada pelos ritmos dos inúmeros artistas do nosso país, tem lugar cativo na lista de faltas.
Esperamos pelo momento em que será possível lotar as casas de shows novamente, os parques e as praias, com a devida segurança para se jogar no momento, fechar os olhos e cantar em coro em frente aos palcos.
Música tem tudo a ver com sentimento. Assim como as nossas cervejas. Na TRILHA, somos movidos pelo desejo de criar rótulos que ecoem no coração e entreguem sensações únicas. Esse paralelo, que sempre fez muito sentido por aqui, andou falando ainda mais alto em tempos atuais. Ficamos pensando num jeito de amaciar a saudade enquanto não podemos voltar a viver a magia de um show ao vivo. Foi assim que surgiu TRILHA Sonora, uma coleção de playlists para as nossas cervejas.
Andamos tão felizes com esse projeto que ainda não tínhamos parado para contar como tudo aconteceu. Mas se você acompanha nossos perfis no Spotify e no Instagram, com certeza já se deparou com ele. A brincadeira parte da pergunta “Que música toca quando você toma essa cerveja?”, lançada para artistas e pesquisadores, gente que navega por estilos musicais diferentes. As respostas vêm chegando em forma de mixes igualmente diversos. Toca de tudo um pouco. Até aqui, já tivemos a participação de Juçara Marçal, Felipe Cordeiro, Rodrigo Caçapa, Kiko Dinucci, Monkey Jhayam, Gustavo Giglio e Marcelo Costa, que estreia hoje na plataforma.
Quando tivemos a ideia, fomos pedir ajuda pro Rubens Amatto, da Casa de Francisca, grande parceiro da TRILHA – diríamos até que ele foi o primeiro a acreditar nessa junção de música e cerveja quando, em 2019, criou com a gente a Xicajá, witbier com cajá pensada exclusivamente para a casa paulistana do Centro de São Paulo. A troca com o Rubens nos guiou à conexão com Juçara Marçal (foto), do Metá Metá. Olhamos para aquela mulher genial, tão rica em referências, e não tivemos dúvida: precisávamos saber o que tocava no fone dela.
Para nossa honra, Juçara abriu o TRILHA Sonora provando a cerveja de nome homônimo, a Sonora, uma juicy IPA suculenta, aromática e aveludada. O que os sabores e perfumes da cerveja provocaram na artista você confere em uma playlist que conta “apenas” com samba de roda, jazz, kuduro, bullerengue e funk. Uou!
De lá para cá, teve o criador do Pop Tropical, Felipe Cordeiro, traduzindo em um bailão divertido as sensações que brotaram da Uppumango, juicy sour gose com manga. Depois veio a experiência do compositor, arranjador, produtor e violeiro recifense radicado em São Paulo, o Caçapa, que recebeu a Xicajá. A inspiração dele fluiu em uma sequência de forrós, cocos, frevos e baiões. E quem fechou essa primeira leva foi o Kiko Dinucci, também do Metá Metá, que ganhou a missão de musicalizar o nosso rótulo mais emblemático, a Melonrise. Para não sair do tom, ele bolou uma playlist à altura: complexa, única, nada óbvia.
Aí veio a segunda rodada, aberta com brilho por Monkey Jhayam (foto), nome forte da cena do reggae. A Mamangava, nossa sour com maracujá, foi a cerveja que ele tomou para se inspirar e que rendeu um mix ritmado pelo encontro da diáspora africana com a sabedoria dos povos indígenas. Na sequência, o baixista da Kisser Clan, Gustavo Giglio, tomou a Saison Hibisco – nossa versão pro estilo belga, com a provocadora flor de hibisco – e mandou uma playlist igualmente provocadora, reunindo nomes do rock.
Chegamos então ao terceiro mix desse leva, que você encontra a partir de hoje no nosso Spotify. Ele é feito por Marcelo Costa, editor de um dos principais veículos independentes de cultura pop do país, o Scream&Yell, que se inspirou na nossa sour Faun’amora. Está leve e dançante, perfeito pra curtir a sexta-feira. Confere lá! E a gente avisa: vem mais TRILHA Sonora por aí. Como diria o Monkey Jhayam: “taca-lhe o play”!
Daniel e Beto